Inês tão linda! Tão formosa Inês!
Botão de rosa que encontrei na infância,
Hoje desponta em sonhos sem fragrância
E me povoa a mente em sensatez.
Daria-me à visão maior constância
Se ela voltasse ao menos uma vez;
Eu lhe diria alegre, que desfez
Com a lembrança, a minha intolerância.
Mas como – penso – agora eu a veria?
O mesmo anjinho bom ela seria?
Seria como tantas que encontrei?
E acabo não querendo vê-la mais,
Conservando-a nos sonhos tão iguais
Como a Inês infantil com quem brinquei...