Vítima presa de cruel destino,
Meiga e formosa, muito moça ainda,
Tem um sorriso de criança linda
E de u’a mártir todo o desatino.
Quanto almejou, por certo, a pobrezinha,
Fazendo planos para ter um lar,
Onde os filhinhos viessem lhe beijar
E ela com eles orasse à tardinha.
Quem foi que maculou tal formosura
Atirando aos vaivéns da desventura
Tanta esperança que em seu peito esteve?
Hoje em seu rosto só sorriso existe,
Mas quando está sozinha e muito triste
Chora, escondida, o lar que nunca teve...