Perdão, querida! Sei que não mereço
Este sublime gesto que procuro.
Sei que fui mau, agi como um possesso
E, que fui vil, magoei-te, fui impuro...
Mas agora, por tudo, te asseguro:
Por teu olhar, que sei que desmereço,
Minha inocente amada, hoje te juro
Que tudo quanto fiz eu reconheço.
Esses olhinhos que por mim choraram
Sentidos prantos, que não tinham preço,
Quero secá-los com um beijo puro;
E nas ternas canções que te negaram
Os versos meus, que agora te ofereço,
Hei de cantar contigo o teu futuro!