Quando eu morrer, a minha sepultura
Há de ter uma nesga de saudade,
Mas há de ser bem pobre e branca e pura
Na paz sublime da felicidade...
Dará grande impressão de ter ventura
E ser o ninho eterno da bondade
E o meu nome, traçado na brancura,
Será lembrado na posteridade.
E nesse leito frio, mas sem tristeza,
Eu dormirei meu sono, que desenho
Talvez com mais ternura e mais beleza;
E as flores que brotaram sem temor
Virão, lembrando a vida que ora tenho,
Cantando versos para o meu amor.