A minha infância foi a aurora breve
Que despontou, passou, deixou saudade...
Hoje meu canto amante não descreve
O lindo instante de felicidade.
Sobre minh’alma jovem tenho a neve
Da juventude louca que me invade;
E se aspirei da vida a flor mais leve,
Guardo somente o olor da mocidade.
Hoje carrego em crenças torturadas
Saudosos nomes de adoráveis fadas
Que encheram meu viver de fantasia;
E assim, neste presente de tristezas,
Sou envolvido em noites sem belezas
Na despedida ao sol de um belo dia.