OSMAR E MARIA



(À memória de meus irmãos)


Éreis na lida os anjos da esperança
Que Deus, do céu mandou ao nosso lar,
Pois ocultáveis, como uma aliança,
Nos vossos corações um meigo altar.

Dentro das noites, que a maldade lança,
Fostes os raios lindos do luar
E tínheis sempre, em gestos de bonança,
Da Santa Virgem o profundo olhar.

Mas o destino, justiceiro cego,
Veio buscar-vos entre tanta inglória
P’ra serdes novos astros nos espaços...

E agora, p’ra consolo e p’ra sossego,
Resta saber que sois, na vossa glória,
As estrelas que guiam nossos passos!