Que me devora num cruel descrer
E assim, aos poucos, neste meu sofrer,
Pressinto na alma uma anormal ferida.
Perdi meus anos neste mar de lida,
Quando sonhava de jamais perder,
Seguindo pelos ermos do viver
Que me fez velho na manhã da vida.
E sinto mágoas pela aurora finda
Chorando só pela paixão tão linda
Dos áureos tempos de paixões reais...
Hoje me restam: - uma vida má,
Uma lembrança, que morrendo está,
E uma ferida que não sara mais...