FLORES BELAS
(À memória de Osmar e Maria Ap., meus irmãos)
Foram as flores de uma fronde bela
Que em pleno sol de deslumbrante aurora
Tombaram murchas sobre a terra, a cela
Que pouco liga a quem lamenta e chora.
E no lindo jardim desta novela
Ficou somente, inda divina agora,
Meiga fragrância que constante vela
A rama triste que a lembrança olora.
Foram sem manchas como as puras fontes
Que vão sem manchas procurando o mar
Rompendo campos, matagais e montes.
E como longo adeus, breve ilusão,
Ficou apenas o pranto em cada olhar
Como fontes de amor do coração.