(Aos meus irmãos, poetas de Rio Claro)
Rio Claro canta e no seu verso existe
Um pouco de esplendor e de Brasil.
Fala de um povo que a sonhar persiste
E traça, amando, o seu feliz perfil.
E docemente, no fanal que assiste,
A lira acorda, sob um céu de anil,
Miguel Simões, Martins da Silva, o Triste,
Eduardo Leite, a popular Calil...
Mas quem dedilha a nossa lira agora,
Repleta de beleza e de bondade,
Suspira tristemente e quase chora
Porque nela perdura com destaque,
Falando de grandeza e de saudade,
A sombra colossal do Arthur Bilac...