Sombras de outrora, meus fantasmas ternos,
Meninas adoráveis que encontrei,
No céu de amores, onde vos deixei,
Não sentireis, por certo, os meus infernos.
Meus tormentos vos deixo aqui externos
Pois muito, minhas sombras, vos chorei,
Lembrando as alegrias que passei
Naqueles dias, que julguei eternos.
Fostes, talvez, as derradeiras flores
Que colhi no jardim da mocidade,
Onde as sementes abrem-se em amores.
E agora, carregando as minhas cruzes,
Devo lembrar, com pranto e com saudade,
Do tempo que fui bom e que éreis luzes...