Foi na estação da nossa pobre aldeia
Que ela, chorosa, se apartou de mim;
A natureza parecia feia
E a tarde caminhava para o fim.
Foi na estação que, ao se afastar o trem,
As nossas mãos nervosas acenaram,
Mas dentro em pouco não mais vi ninguém
E os nossos corações se separaram.
E agora que não noto mais beleza,
Em tudo que na vida teve encanto,
Relembro a despedida de incerteza...
Foi na estação e quando me beijou
Que ela me disse, sufocada e em pranto:
- “Hei de voltar!” – e nunca mais voltou...