EU TE CONDENO



Eu te condeno por tão falso ardor,
Por todo o mal que tens, cruel maldita,
Por esta mágoa que me causa dor,
Pela fogueira que em meu ser crepita.

Eu te condeno pela triste dita
Que pos em meu viver teu dissabor,
Pois o sorriso que inda em mim palpita
É falso e frio como o teu amor.

Eu te condeno pelo tempo enorme
Que mendiguei carinho ao lado teu,
Se tens no corpo um coração que dorme.

Eu te condeno pelo que chorei,
Por esse furto do meu pobre eu,
Por outras moças que, por ti, deixei...