Quem me condena não condeno e assim
Que zombem do meu credo e pensamentos;
Terei perfumes ao chegar ao fim
E dormirei na glória os meus momentos.
Que falem sempre, pois terão alentos,
Que ladrem infamantes junto a mim;
Deixá-los-ei no rol dos desalentos
E colherei seus ais em meu jardim.
Um dia, se a vitória passageira
Acenar-me, sorrindo, a despedida
E fugir para o céu a alma ligeira,
Hei de fitar meu sol na terra ardida,
Porque colocarei real bandeira
Nos píncaros dourados desta vida!