São tão escassos, mas leais e certos,
Que são a sombra que nos segue os passos;
Têm os grandiosos corações abertos
E nos estreitam, rindo, nos seus braços.
Quando conosco, em dias mais incertos,
Nunca nos negam um milhão de abraços
E são oásis benditos nos desertos
E da esperança os mais risonhos traços.
Os bons amigos, como nos cativam!
Em nosso coração, sorrindo, avivam
Belas passagens que o viver embota...
E gostamos de ter, até na morte,
A dádiva da fé, do bem, da sorte,
Que a natureza com ternura os dota.