O ÚNICO AMOR



Ás vezes, recordando os meus albores,
Padeço nesta ausência de carinhos,
Pois ontem caminhei sem dissabores
E agora estou jogado sobre espinhos.

Aquelas juras todas, sem temores,
Vi-as fugindo assaz os meus caminhos;
E os vis sorrisos só me deram dores
E encheram de descrer os falsos ninhos.

Falsos amores... passageiras glórias
Que o tempo sufocou com o seu manto
Na sucessão dos erros e vitórias...

Ficou, contudo, o amor que nada exige,
O amor de mãe... o mais perfeito e santo...
Que não finda, não foge e não transige!