Agora, a te quebrares sobre pedras,
Tu choras, mar imenso, a tua dor;
Nas tuas águas solitárias medras
Terna saudade pelo teu cantor.
Outrora em versos, em poemas lindos,
Vicente de Carvalho te exaltou,
Mas tudo passa e com os dias findos
Também teu grande bardo se findou.
Tu soluçaste, ó mar, jamais alguém
Terás, capaz de te cantar tão bem
E gemes no vaivém de cada onda...
Mas sei que às noites, se inda faz luar,
Sonhando às praias do seu velho mar,
O vulto triste do poeta, ronda...