Meu coração era qual selva bela
Onde um amor não poderia entrar;
Somente a glória, que das almas zela,
Nos seus recantos deveria estar...
Adolescente eu era e em certo dia
Um anjo belo descobri que amava,
Em pouco tempo a minha selva ardia
E pelas chamas um amor entrava...
Mas esse fogo destruiu-me tudo,
Queimando as ânsias do meu ser em flor
Dando, por prêmio, um infeliz relento;
E eu contemplei, com o meu peito mudo,
As cinzas quentes do infeliz amor
Velozes indo, no soprar do vento.