Com dezessete primaveras chora...
Por que, menina? Por amor? Por tédio?
Se amargurada você sofre agora,
Para o futuro não terá remédio.
Não faça caso sério sobre o assédio
Da desventura! Sua mãe a adora,
Seu pai lhe oferta o seu tesouro médio,
Porque você encanta o lar que mora.
Enxuga o pranto que lhe embaça o olhar,
Mantém oculta a pequenina fonte
Que chora, chora, sem poder chorar,
Pois você se parece, assim chorando,
A uma planta florida sobre um monte,
Que em plena primavera vai murchando...