(À memória de minha irmã Maria Aparecida)
Foste da vida a mais risonha aurora!
Foste no mundo um pedestal de glórias!
Tu não sonhavas, como sonho agora,
Mas foste o sonho de reais vitórias...
E veio a morte, que não ri nem chora,
Mãe de tristezas, coração de inglórias,
E foi-se rápida a levar-te embora
No manto negro de cruéis histórias.
Hoje, lembrando teu profundo encanto,
Choramos todos em sincero pranto
A tua ausência que se faz tão dura...
Mas consolamos, pois se um anjo és,
Cá marcarias teus formosos pés,
Tão delicados para a terra impura!