Ei-lo que passa, o maldito,
Precito judeu que clama!
Afoga no peito um grito
E o mundo o cobre de lama.
Vai seguindo, doido e aflito,
Sem ter comida nem cama,
Pisando o solo restrito
Que sob os pés o difama.
A chuva jamais é santa,
As aves, seu ser espanta,
Nem o quer a morte cega...
E enquanto, assim, ele segue,
A própria sombra o persegue
No negro chão que o renega.