AO ME CASAR




Adeus, viver de moça, lar querido,
Onde por vinte e quatro dos meus anos
Achei benditos mesmo os desenganos
E compreendi a razão de ter nascido.

Adeus, mamãe formosa, adeus, meus manos,
Adeus, bondoso pai que, comovido,
Deixou-me ver o olhar umedecido
E nunca o vira assim por tantos anos...

A vida que vislumbro em meu destino
É uma vida difícil e esquisita,
Um mundo diferente e pequenino;

Mas conduzindo sua luz bendita,
Hei de vencer a caminhada extensa
Como devoto de uma nova crença...