Enfim me vou, amada minha, adeus!
Vou pela estrada como vinha outrora
Quando encontrei os belos olhos teus,
Meigos e claros como a luz da aurora.
Encontrei fúria pelo mundo afora;
Ódios, injúrias, desrespeito a Deus,
Contudo sempre, em cada débil hora,
Busquei consolo nos olhares teus.
Porém és pura e pecador eu sou,
Não fiques a chorar sofrendo assim!
Não posso merecer-te, vou embora!
Parto sozinho, solitário vou,
Mas como aceno deste amor sem fim
Levo este pranto que me dás agora.