Ventava na minha vida
quando saí p’ra brincar:
rodou o vento no espaço,
agora só sei chorar...
Longe ficou minha infância,
única folha que o vento
não me roubou do passado...
Ventava, ventava tanto,
que me perdi na tormenta.
Minhas mãos que seguravam
a pluma etérea dos sonhos
rodopiaram no vento
como serpentes no ar...
Foi um momento tão breve,
mas nada mais me restou!
Dedos, plumas, sonhos, tudo
eu fui perdendo na vida
sem forças p’ra segurar...