como preciso de pão...
Porque depois da caminhada inglória
só essa companheira vem comigo
curando os meus senões
e ajudando a sepultar meus mortos
nos caminhos do meu chão.
A infância me deixou
em meio do percurso
e a mocidade que veio em meu socorro
passou celeremente
e tudo que trouxeram me ficou
como um eco do passado
feito de esperas e sorrisos
e que apenas para mim
transmitem algo
na multidão de estranhos que me cerca.
Dos canteiros plantados com desvelo
só ficaram as saudades
entre as flores queimadas pelo tempo...
A poesia, sim, ficou constante,
gravando uma oração de amor
sobre a cruz dos tempos acabados.
Poesia que teve muitos nomes
e que agora, neste ocaso que me envolve
com magia,
se chama simplesmente nostalgia.