Minha terra é pequenina
que cabe no coração;
ela é mãe de uma menina
que sonha de pé no chão.
Ela tem uma igrejinha
que é branca da cor da paz;
e uma terna caipirinha
que reza por um rapaz.
Tem cerâmicas enormes,
austeras, negras e velhas,
onde as máquinas disformes
fazem tijolos e telhas.
E desde barro do bom,
que do seu solo se tira,
nasceu, cantando no tom,
este poeta caipira.