Há momentos que ficam no tempo
imóveis, retratados,
eternamente olhados...
E todos nós e cada um por si
retrata seus momentos
com os pincéis da vida,
artistas potenciais que somos.
Há momentos gravados num sorriso
ou deixados sobre a lágrima,
talvez de uma mulher...
Momentos de partida,
momentos de chegada,
que pareceram tudo
sem chegar a nada;
momentos apagados
com a borracha ingrata
do viver real...
Mas tudo tem, a seu modo,
uma razão de ser;
e tudo passa e dança
entre o homem e a criança,
entre o ser e a esperança...
Há momentos, porém, que são estigmas:
momentos que se foram,
mas que não passaram...