Esperança... doce enlevo
que salpicou o caminho
por onde passei sozinho...
Onde estás, verde esperança?
Eu não sei se te deixei
no chocalho da criança
que fui um dia também,
ou se ficaste nas sombras
dos anseios de rapaz
que tudo quis abraçar,
de nada sendo capaz...
Vivi muito de esperanças
me esquecendo de viver,
amparado nas lembranças
que queriam me suster...
Eu só vivi de lembranças
sem tempo para crescer...
Agora que mais preciso
do teu amigo sorriso
tu foges celeremente
deixando-me sem bonança...
Onde estás, querida ausente?
Por que te foste, Esperança?