Numa choupana velha e enegrecida,
Já bem batida pelo tempo louco,
Um ser calado diz adeus à vida
Que se lhe foge devagar e pouco.
O mundo lhe entregou o esquecimento
E o fado que enfrentou lhe foi perverso
E num relance vem-lhe ao pensamento
As cenas acres do viver adverso.
E o pobre pensa... e na mansão fronteira
Lançam-se vivas para a vida inteira
De um rico infante que ao nascer se fez;
E enquanto o mísero na escura sala
Suspiro imenso e derradeiro exala,
Chora o pequeno na primeira vez...