VISÃO



Na rua da cidade,
tomando uma cerveja
num bar qualquer,
vejo a mulher que adeja
como etérea borboleta
por sobre a flor que o sol beija.

Já fui fã dessa mulher!
Seu beijo já desejei
como um prêmio ou um castigo
pensando fazer-me rei
e tanto mais que nem digo.

Mas essa fugaz mariposa,
que foi formosa e querida,
nasceu num canto do mundo,
ralou nas pedras da vida
e morreu no meu destino
de rapaz após menino...

E morrendo no meu peito
me matou bem a seu jeito.