SONETO


Há muito tempo nos vemos com freqüência
Neste incansável culto, neste amor
Com frutos de ternura e de esplendor
Nascidos da beleza e da inocência.

E vivo do teu riso ou na pendência
Dos teus olhos, teu pranto ou tua dor,
E, em minha gratidão, em meu penhor,
Faço do teu viver a minha essência.

Jamais te deixarei, amada minha,
Contigo findarei meus dias calmos
Porque sou teu vassalo (que és rainha).

Em nossa estrada bela, andada a palmos,
Da religião de amor, que nos alinha,
Contigo cantarei os mesmos salmos...