ONTEM E HOJE


Há pouco tempo, quando me esperavas,
Fazias tudo para me agradar;
Era como se um santo procuravas,
Porque me colocavas num altar.

As promessas de amor que me juravas
Meu coração chegavam a afogar
E eu sentia, querida, que me amavas,
Como no mundo não se espera amar.

Girou o mundo... pelo tempo andamos
E pelo tempo nosso amor morreu
Nos passos orgulhosos que traçamos;

Se tu me beijas, gélida e indecisa,
Noto no beijo, que não é mais meu,
Um resto de esperança que agoniza.