(Quando eu tinha vinte anos)
Quando vos vejo, meus queridos pais,
Assim quais astros sobre a vida minha,
Recordo os tempos, que não voltam mais,
Da terna infância que passou asinha.
O vosso filho já sofreu enganos,
Cruzou com homens bons, cruéis e rudes,
Mas vos adora no passar dos anos,
Pois sois da vida as únicas virtudes.
Vinte janeiros tenho na emoção
Do mundo meu, que junto a vós se exprime;
Sois esperanças na descrença atroz...
E é somente por terna gratidão
Que vos oferto o meu buquê sublime
De vinte rosas que colhi de vós!