COMO A ÁRVORE



Quero viver assim... em minha sombra
Hão de encontrar descanso os corações!
Hei de, aos desesperados, dar alfombra
Chorando as suas dores e emoções.

Na aridez da vida que me cerca
Serei uma esperança e uma alegria
E o caminheiro, que de mim se acerca,
Há de voltar para abraçar-me um dia.

Os homens todos no prazer sem nome
Bendirão as sementes que eu lhes der
Ou colherem os frutos para a fome;

E quando me ferir um mal qualquer,
Como a árvore que morta dá calor
Quero morrer assim... cedendo amor!